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O Papel dos RH no Crescimento das Organizações
Na dinâmica empresarial contemporânea, os Recursos Humanos (RH) têm vindo a assumir um papel cada vez mais estratégico no crescimento das organizações. Já não se limitam a funções administrativas, como processamento salarial, ou à mera gestão de pessoal, ocupando ao invés disso uma posição central na construção de equipas qualificadas, motivadas e alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa. Este contributo é fundamental num mercado altamente competitivo e em constante transformação, onde o talento humano se afirma como o maior ativo das organizações.
Uma das formas mais evidentes através das quais os Recursos Humanos estimulam o crescimento das empresas, reside na sua capacidade de atrair e reter talentos. Reconhecendo que o clima de competição corporativa por profissionais qualificados é feroz, os RH são os principais responsáveis por assegurar processos de recrutamento que identifiquem não só competências técnicas, mas também o alinhamento dos candidatos com a cultura e os valores da organização. Esta abordagem estratégica ao recrutamento passa pela melhoria da produtividade e desempenho das equipas, além de reforçar a identidade e a coesão interna da empresa.
A captação de talentos começa com a construção de uma marca empregadora forte e apelativa. Para se destacarem, as organizações devem comunicar de forma clara os seus valores, missão e cultura, mostrando aos potenciais candidatos o porquê de ser vantajoso trabalhar na empresa: um ambiente de trabalho inovador, oportunidades de desenvolvimento profissional e o compromisso com questões sociais – como a sustentabilidade e a diversidade – são elementos cada vez mais valorizados pelos profissionais e devem ser destacados pelas empresas na sua comunicação.
Atrair talentos, no entanto, é apenas metade do desafio. Reter os colaboradores é igualmente crucial para a sustentabilidade das empresas. A retenção começa no momento da integração, ou onboarding, que deve ser bem estruturado para garantir que os novos elementos se sintam acolhidos e preparados para desempenhar as suas funções. A minimização da rotatividade passa por políticas eficazes de valorização dos colaboradores, como planos de progressão de carreira, programas de reconhecimento pelo desempenho e benefícios personalizados, que ajudam a minimizar a rotatividade.
Estas medidas fomentam o compromisso e a lealdade dos colaboradores, criando um ambiente de trabalho onde cada elemento sente que o seu contributo é valorizado. A falta de capacidade para atribuir benefícios financeiros (como é frequentemente o caso com start-ups) poderá ser colmatada com benefícios de outra ordem, como a possibilidade de trabalho híbrido ou remoto, e a tolerância de ponto em dias de relevo como o dia de aniversário ou a Véspera de Natal.
Atrair e reter talentos não é apenas uma tarefa do departamento de Recursos Humanos, mas sim um esforço coletivo que deverá envolver toda a estrutura organizacional.
As empresas que conseguem criar ambientes de trabalho onde os profissionais se sentem valorizados e realizados, estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios do mercado e garantir o seu crescimento sustentável.
Elisabete Fernandes